quinta-feira, 31 de março de 2011



"- Não adianta chorar assim Alice! - Disse a mesma com voz áspera. - Acho bom parar já com isso! - Geralmente dava conselhos muito bons a si própria (embora raramente os seguisse), e, às vezes, com tanta severidade que chegava a ficar com lágrimas nos olhos; e lembrava-se de ter tentado dar tabefes nas próprias orelhas por ter trapaceado no croquê que estava jogando contra si mesma, pois esta menina engraçada gostava de fingir ser duas pessoas. - Só que agora não adianta- pensou a pobre Alice- fingir ser duas! Ora, se o que sobrou de mim mal dá para uma pessoa apresentável!"  

-Alice no País das Maravilhas-


sábado, 22 de janeiro de 2011



"Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo."

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


"Aqui ao luar,
Ao pé de ti,
Ao pé do mar,
Só o sonho fica só ele pode ficar..."

Xutos e Pontapés

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos." Proust


E que coisa bem difícil de fazer é essa de olhar com novos olhos.
Implica em sair daquela posição confortável da mesmice e da rotina e em olhar as coisas de uma forma contestadora.


"Now that she's back in the atmosphere
With drops of jupiter in her hair

She acts like summer and walks like rain
Reminds me that there's a time to change
Since the return of her stay on the moon
She listens like spring and she talks like june
But tell me did you sail across the sun
Did you make it to the milky way
To see the lights all faded
And that heaven is overrated
Tell me, did you fall from a shooting star?
One without a permanent scar
And did you miss me
While you were looking for yourself out there"
Drops of jupiter- Train

quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Hoje novamente acordei com essa sensação que me acompanha nos últimos dois meses. Vou tentar explicar:
Depois de uma noite cheia de sonhos e pesadelos intercalados (onde as coisas mais lindas e mais terríveis ganham ar de realidade) eu acordo de um susto com o coração tentando sair pela minha boca, eu sinto ele pertinho dali, saltando na minha garganta. Por pouco ele não escapa.
Não sei onde estou. Ainda estou em Portugal? Já estou em casa? Depois de algum tempo percebo, ainda estou longe, ainda não voltei. E daí meu coração desacelera e se conforma. Espreme-se no lugar onde sempre deveria ter estado. Fica ali apertadinho e um buraco enorme se forma no meu estomago. Uma sensação de vazio.
Não me entendam mal. Eu estou em um lugar lindo, estudando em uma faculdade incrível, tendo uma oportunidade única, mas o que eu posso fazer com essa sensação? Então eu caminho por ai com ela, estudo com ela, levo ao supermercado, sorrio com ela, e toda a noite, sem falta ela me acompanha até a cama. É sempre assim, eu e essa companheira.

Se chama saudade, é a falta que alguém me faz.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

                                                    Lendo Duas Iguais- Cintia Moscovich


"O amor exige expressão. Não fica parado, calado, bem-comportado, modesto, atinado, não. O amor deve ecoar em bocas de prece, deve ser a nota alta que estilhaça o cristal e derrama o líquido."


sábado, 6 de novembro de 2010

Por do sol visto do Palácio da Pena em Sintra

"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana." Vinicius de Moraes